Piracicaba recebe Rock'n'Roll e Jovem Guarda durante Virada Cultural

26/05/2016 20:38

Piracicaba (SP) recebeu entre os dias 21 e 22 de maio, mais uma edição da Virada Cultural Paulista. O evento que foi realizado pela sétima vez no município, reuniu um as 45 atrações gratuitas, em diversos pontos da cidade. O número de visitantes que participaram nos dois dias ainda não foi divulgado pelo governo estadual, que realiza o evento, com organização da Apaa (Associação Paulista dos Amigos da Arte). “Piracicaba é a cidade que temos uma das melhores Viradas”, disse o diretor da entidade, Luís Sobral.

O pontapé inicial foi dado pelo grupo piracicabano Dona Zaíra. Com fortes influências do forre-pé-de-serra e música caipira, o grupo incorporou ao seu som várias linguagens musicais brasileiras e internacionais.

Nem o estilo rock misturado com MPB acalmou o público que acompanhou a apresentação da cantora Ana Cañas. Com troca de roupas em diversos momentos do show, a artista levantou o público, que a ovacionou devido aos seus movimentos no palco. “É a primeira vez que toquei em Piracicaba e foi um prazer tocar na Virada, o público respondeu bem. Que este evento continue sendo realizado nos próximos anos”, disse a artista ao ME. Durante o show, Ana Cañas aproveitou o pequeno espaço entre ao repertório, para se manifestar contra a atual gestão do governo federal, que foi vaiado pelo público. 

Em seguida, os clássicos da Jovem Guarda fizeram presentes na madrugada de sábado para domingo. Foi a vez do tremendão Erasmo Carlos subir ao palco e cantar e encantar os mais apaixonados.

Em um momento do show, Erasmo lembrou sua visita em terras piracicabanas em meados de 1975. “Eu e Roberto (Carlos), gravamos Além do Horizonte em Águas de São Pedro, e em seguida tiramos umas pequenas férias de cinco dias aqui em Piracicaba. Ninguém soube que estávamos aqui”, contou.

No domingo (22), a programação retornou logo pela manhã na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, com a intervenção de oficina e pintura ao ar livre do grupo Caipiras do Plein Air, que já participou em outras edições da Virada Cultural. "O evento atinge um grande número de pessoas, e temos que nos firmar na Virada, pois muitos acham que a programação é só música, mas as artes plásticas sempre estiveram presentes”, disse um dos integrantes, o artista plástico João Benatti. No mesmo local ocorreu oficina de pintura e colagem com Miguel Ângelo Sanches e visita guiada à exposição 28º Mostra Almeida Júnior. Também houve atrações no Museu Prudente de Moraes, Estação da Paulista, Casa do Povoador e Biblioteca Ricardo Ferraz de Arruda Pinto, que promoveu atividades no Parque da Rua do Porto.

A rapper Negra Li participou da edição e apresentou sucessos da carreira solo e do RZO, grupo de rap que integrou em 1995. “É muito bom fazer show com um DJ porque as vezes pode ser  limitado em questão do repertório, mas posso mostrar a minha verdade e de onde comecei, que é o rap”, disse ela, em entrevista à Matéria Emplacada.

Nem a chuva atrapalhou os fãs que aguardavam o grupo de rock paulista NX Zero, comandada por Di Ferreiro, que apresentou músicas do álbum Norte, lançado no ano passado, bem como grandes sucessos da carreira.

Após o final de todas as atrações, a secretária municipal da Ação Cultural, Rosangela Camolesi, disse que a intenção foi de contemplar todas as idades. “Foi um festival de várias vertentes da arte, cultura e gosto. É uma maneira que o estado tem, junto com as prefeituras, em dar a oportunidade para as pessoas que não tem condições de pagar um ingresso”, completou Rosangela.

 

Reportagem: Reinaldo Diniz/ME

Foto: Reinaldo Diniz/ME