O trabalho do ombudsman, segundo de Suzana Singer

A jornalista da Folha de S.Paulo, Suzana Singer participou do segundo dia do 6º Simpósio de Jornalismo da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), apresentando o trabalho do ombudsman.

Ombudsman é uma palavra sueca que significa representante do cidadão. Na imprensa, o termo é utilizado para designar o representante dos leitores dentro de um jornal.

Jornalista de 44 anos, Suzana, é a décima profissional a ocupar o cargo de ombudsman na Folha. O jornal foi o primeiro a adotar tal função no Brasil em 1989.

Suzana iniciou a palestra relatando sua rotina de trabalho. Todos os dias ela lê a Folha e escreve uma crítica sobre todo o jornal. Logo depois o texto é publicado em um blog. Aos domingos, ela escreve uma coluna na qual comenta sobre o principal assunto da semana. Essa coluna é publicada sem ter que passar pelo editor.

Com exclusividade ao Acutas Spinas, Suzana revela que o ombudsman tem que ter certeza do que está falando, e que a internet interfere no trabalho do ombudsman.

Como você enxerga o ombudsman de antigamente para o ombudsman atual?

O trabalho é mais intenso, porque você têm mais canais de comunicação com o leitor. Através da internet, das redes sociais é mais difícil.

A internet interfere no trabalho do ombudsman?

Interfere sim. Porque você tem mais a opinião dos leitores, ou nos comentários das matérias, ou das discussões que se tratam nas redes sociais, como twitter e facebook.

Quais cuidados são necessários no momento de publicar uma crítica ao jornal?

Ter certeza do que está falando, ouvir todas as partes envolvidas e até a própria redação.

Quais são as perspectivas e tendências para a função do ombudsman para o futuro?

Eu não sei te dizer se a função vai se espalhar, mais deveria. Está cada vez mais importante.

A jornalista esteve presente em Simpósio realizado pela Facom-Unimep (Foto: Reinaldo Diniz)

Reportagem: Reinaldo Diniz