Júlia: A menina que tomou o amor pelas palavras

09/10/2013 15:37

Autora já escreve seu segundo livro (Foto: Divulgação/Julia Hortenci pereira)

Nascida em 1995 na cidade de Rio Claro, interior de SP, Júlia Hortenci Pereira é uma jovem escritora que tomou o amor pelas palavras. Autora do livro “Todo conto aumenta um ponto”, estuda o 1º ano de  jornalismo e já está escrevendo outro livro, com exclusividade ela concedeu uma entrevista ao Matéria Emplacada, onde fala de sonhos, vida e futuro.

(Entrevista feita por e-mail)

Quem é Júlia Hortenci Pereira?

 A Julia é uma garota que adora escrever, cursa  jornalismo, mas a principio ia fazer cinema, por que adora as artes, seja escrever, pintar, músicas, filmes, não importa, ela gosta de todas e quer contribuir com todas. Adora escrever, ler, ouvir música, pintar e assistir filmes. O programa perfeito é ficar em casa o dia todo fazendo uma dessas cinco coisas. Adora ficar com os amigos e família. Sua vida ideal seria talvez morar num lugar um pouco afastado, com dois ou três filhos, um marido, e ganhar a vida escrevendo livros.

Desde quando você escreve? E quais foram os fatos que lhe motivaram a escrever?

Eu escrevo desde que aprendi a escrever. Literalmente. Desde quando aprendi eu tomei amor pelas palavras. Acho que não teve nada que realmente tenha me levado a escrever, eu simplesmente escrevia, sempre foi assim, eu pensava numa frase de repente e escrevia, e ia adicionando frases. Acho que antes de escrever no papel, escrevemos na mente, mas não porque queremos, as palavras simplesmente surgem. Textos não são meramente textos, eles são muito mais, é como a música, ou o filme, ou a própria tela, todos eles mostram um sentimento de quem o fez.

Fale sobre o livro "Todo conto aumenta um ponto". Para quem ele foi escrito?

 Ele foi escrito pra mim, pros meus amigos, pra minha família, pra todo mundo que eu conheço e não conheço. Eu não me inspirei em ninguém, foram textos que eu escrevi durante anos, cada um deles mostra uma cena que eu vivi, assisti em algum lugar ou imaginei. Assim como os sentimentos que cada texto se refere, é assim: imaginar algo e criar uma história em cima daquilo, com um sentimento. Mas não que o sentimento seja falso, mas a história também não é real. Nenhum texto do meu livro é algo totalmente real, tem experiências vividas (seja por mim, ou alguma que eu ouvi ou imaginei), mas não é necessariamente real, pelo menos não necessariamente. Esse é o lance de escrever: tudo o que se escreve é real, mas na sua mente, mas não deixa de ser real por isso. 

Quais são os principais escritores que você se inspira?

 Não sei quais são, de verdade. Eu amo ler, e leio de tudo, mas não tenho nenhum autor preferido nem nada, tem estilos de livros que eu gosto, mas isso não significa que eles são os melhores livros ou escritores do mundo, são apenas estilos que eu particularmente gosto. 

Há pouquíssimos jovens, em escala nacional, que são escritores ainda muito jovens. Qual a sua opinião em relação a essa pequena demanda de jovens talentos literários?

Eu acho que é difícil escrever. Cada pessoa tem um dom para alguma coisa, e quando se descobre, tem que aproveitar. Quando você descobre do que gosta, tem que mergulhar de cabeça. Acredito que se em algum momento você percebe que gosta de escrever, você vai escrever. O problema não é não escrever, é não ler. Hoje em dia o índice de quem lê livro, no Brasil, é muito baixo, e é importante demais ler, até pra quem não escreve. Porque quando você lê, sua linguagem, comunicação, escrita, e entendimento de tudo melhoram, e por isso é importante. Mas quanto a escrever, acho que isso é algo de alma, assim como a música. Se a pessoa sabe cantar e gosta disso, ela tem que cantar, mas se ela não gosta e não sabe, não precisa, existem outras áreas a seguir. 

Lnaçamento ocorreu no início de 2012 (Foto: Divulgação/Facebook)

Seus pais te apoiaram para a escrita do livro?

 Meus pais me apoiaram muito com o livro. Eu escrevia, como disse eu sempre escrevi. E eu tinha vários textos, e então, uma amiga minha leu, e me deu a ideia de fazer um blog, e outros amigos leram, e disseram que eu escrevia muito bem, eu fiz vários blogs, e fiquei animada porque as pessoas gostavam, comentavam, os números de seguidores aumentavam e eu contei pros meus pais tudo isso. E meus pais leram os textos, minha mãe me deu a ideia de fazer o livro com esses textos, eu achei engraçado, não queria, não ia fazer o livro, achei bobo. Mas ela e meu pai falaram muito sobre o assunto, e decidimos fazer. Mas se não fosse por eles, acho que talvez eu não tivesse juntado os textos. Ainda hoje, eu assusto se alguém fala que gostou de um texto meu, e fico muito lisonjeada, porque pra mim é normal, não tem nada demais no que eu escrevo, e eu nunca fui a primeira da sala, nas competições de textos, ou quando tinha prova de redação, minha nota nunca era a melhor da sala, e meus professores nunca me chamaram pra participar dessas competições, por isso, foi uma surpresa. 

Quais os próximos projetos?

 Eu comecei um livro, um romance policial, mas estou no início, e faz mais de um ano que nem toco nele, simplesmente não dá tempo. Mas eu vou lançar mais livros, porém, vai demorar. 

Deixe um recado para o "Matéria Emplacada"

Acho que eu quero falar sobre os sonhos. Siga-os. Às vezes eles voam pra longe, voam alto, mas temos que buscá-los, não importa, se tiver muito alto, arranja uma escada, se tiver correndo, sai correndo atrás, mas tem que buscar sempre, e não pode se satisfazer com pouco, tem que sempre lutar, e ir atrás do que quer, senão não sai do lugar.